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Quando falamos sobre equidade, logo vêm em mente igualdade, probidade, prudência e imparcialidade. Mas o termo,apesar de ser mais abrangente do que se imagina, não perde a essência, e, tratando-se de equidade em Saúde Pública, percebe-se claramente que o conceito ganha outros vieses.
Equidade é um dos princÃpios do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem relação direta com os conceitos de igualdade e de justiça social. Parte da ideia de respeito à s necessidades, diversidade e especificidades de cada cidadão ou grupo social, e do reconhecimento de que as diferentes condições de vida, habitação, trabalho, renda e de acesso a educação, lazer, cultura e serviços públicos impactam diretamente a saúde. O conceito de equidade também considera os impactos na saúde das diferentes formas de preconceito e discriminação social, como o racismo, a misoginia, a LGBTfobia e a exclusão social de populações que vivem em situação de rua ou em condições de isolamento territorial, como as do campo, da floresta, das águas, dos quilombos e em nomadismo, como no caso dos ciganos.
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Por Waléria Fortes
Quando falamos sobre equidade, logo vêm em mente igualdade, probidade, prudência e imparcialidade. Mas o termo,apesar de ser mais abrangente do que se imagina, não perde a essência, e, tratando-se de equidade em Saúde Pública, percebe-se claramente que o conceito ganha outros vieses.
Equidade é um dos princÃpios do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem relação direta com os conceitos de igualdade e de justiça social. Parte da ideia de respeito à s necessidades, diversidade e especificidades de cada cidadão ou grupo social, e do reconhecimento de que as diferentes condições de vida, habitação, trabalho, renda e de acesso a educação, lazer, cultura e serviços públicos impactam diretamente a saúde. O conceito de equidade também considera os impactos na saúde das diferentes formas de preconceito e discriminação social, como o racismo, a misoginia, a LGBTfobia e a exclusão social de populações que vivem em situação de rua ou em condições de isolamento territorial, como as do campo, da floresta, das águas, dos quilombos e em nomadismo, como no caso dos ciganos.
Ao tratar as polÃticas de promoção de equidade em saúde, temos um conjunto de polÃticas e programas de saúde instituÃdos no âmbito do SUS, que têm como princÃpio a equidade e contribuem para promover o respeito à diversidade e garantir o atendimento integral no SUS à s populações em situação de vulnerabilidade e desigualdade social.
Em entrevista ao Boletim Informativo do NESP, a coordenadora do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP/UnB), Ana Valéria M. Mendonça, apresenta sua opinião em relação à s polÃticas de equidade em Saúde Pública.
Confira a entrevista na Ãntegra.
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Qual a importância das polÃticas de equidade em Saúde Pública?
Ana Valéria: A equidade é o reconhecimento da sociedade de tratar igualmente os desiguais. Para a saúde pública é importante, porque reconhece as diferentes necessidades de segmentos da população sobre o manto do direito à saúde, para tratá-las nessa condição de diferente.
 O que a equidade trouxe de melhoria para as populações e grupos em condições de isolamento, rua e discriminação?
Ana Valéria: Primeiro, o reconhecimento dos direitos desses indivÃduos. Depois, a formulação de polÃticas especificas para essa população especÃfica; o aporte de recurso destinado à s demandas especÃficas dessa população; maior visibilidade para a sociedade sobre as situações e problemas dessas populações (negro, mulher, Ãndio. LGBT, DST/AIDS); e o redesenho de tecnologias aplicadas aos cuidados, à s práticas dirigidas, focado nesses segmentos.
 Qual é a sua opinião sobre as polÃticas de equidade?
Ana Valéria: São necessárias para assegurar condições iguais aos cidadãos, reconhecendo as legÃtimas demandas oriundas dessa população. As politicas de equidade dão visibilidade societária à s necessidades de dividir a riqueza pública, também, com essa população. Além de ser muito importante para o direito humano.