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Na ocasião, foram apresentados aos estudantes temas de relevância para comunidade LGBT, que nem sempre estão em pauta dentro das salas de aula, como demandas específicas dessa população, os tipos de violências sofridas durante os atendimentos nos serviços de saúde e de que forma essa violência pode ser reduzida e eliminada. 

Por Tamires Marinho

Na última segunda-feira, 07, o Observatório da Saúde LGBT, a convite do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade Católica de Brasília (CAMAB/UCB), participou de uma roda de conversa com estudantes da UCB sobre saúde da população LGBT. O evento faz parte do projeto ComunicAções, iniciativa promovida pelos estudantes do CAMAB que prevê a discussão de temas que, frequentemente, ficam de fora da grade curricular tradicional de ensino como a saúde da população negra, das pessoas em situação de rua, da população LGBT,  entre outros.

Na ocasião, a enfermeira Letícia Lima, pesquisadora do Observatório da Saúde LGBT, integrante do Núcleo de Estudos em Saúde Pública do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NESP/CEAM/UnB), apresentou alguns temas de relevância para comunidade LGBT, que nem sempre estão em pauta dentro das salas de aula, como as demandas específicas dessa população em relação à saúde, os tipos de violências sofridas durante os atendimentos nos serviços de saúde e de que forma essa violência pode ser reduzida e eliminada, além de esclarecer a diferença entre alguns termos que, frequentemente, são utilizados erroneamente como orientação sexual e identidade de gênero.

Uma das principais dificuldades destacadas pelos estudantes no momento de pautar temas como a saúde da população LGBT para serem discutidos dentro da sala de aula é a hierarquização do ensino e a maneira como alguns professores lidam com o assunto, alguns chegam ao ponto de satirizar o tema, desqualificando sua importância.

Para Letícia, o encontro foi uma ótima oportunidade para trocar experiências e expor realidades distintas e, muitas vezes, desconhecidas ou ignoradas por boa parte dos discentes que estão no processo de formação acadêmica e em breve se tornarão profissionais da área de saúde. “Encontros como esses são sempre muito importantes, pois nos dão esperança de que estamos avançando nessa discussão e, futuramente, teremos profissionais de saúde mais conscientes, que se importam sim e querem mudar a realidade de atendimento a população LGBT”.

 
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