O encontro, realizado na Faculdade de Ciências da Saúde da UnB, foi uma oportunidade para expor as estratégias e linhas de atuação utilizadas tanto pelas Salas de Situação quanto pelos Observatórios que, apesar de distintas, apresentam aspectos complementares.
Por Tamires Marinho
Com o objetivo de integrar ações e construir espaço colaborativo para a coleta, monitoramento, análise de dados e disseminação de informações que possam apoiar na tomada de decisão de gestores, pesquisadores, sociedade civil organizada e comunidade em geral, a Sala de Situação de Saúde da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (FS/UnB), coordenada pelo Centro de Tecnologias Educacionais Interativas em Saúde (Centeias), promoveu nos dias 3 e 4 de maio a Oficina "Observatórios e Salas de Situação em Saúde – Experiências e Perspectivas”.
Representando a Rede de Observatórios das Políticas de Promoção da Equidade em Saúde para o SUS, vinculado ao Núcleo de Estudos em Saúde Pública do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NESP/CEAM/UnB), estiveram presentes no encontro os coordenadores e pesquisadores dos Observatórios da Saúde da População Negra, LGBT e em Situação de Rua.
A oficina contou ainda com a participação de estudantes, professores, pesquisadores e especialistas do Ministério da Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz), do Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH), do Conecta SUS e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O encontro foi uma oportunidade para os participantes apresentarem suas experiências no campo de avaliação e monitoramento das políticas públicas de saúde, além de expor as estratégias e linhas de atuação utilizadas tanto pelas Salas de Situação quanto pelos Observatórios que, apesar de distintas, apresentam aspectos complementares.
Confira AQUI entrevista realizada pelo ComunicaFS com o coordenador do evento, Jonas Brant.
Sala de Situação
O termo “Sala de Situação” surge do conceito de “sala de crise” criado durante a guerra para gerenciar as ações e combates com base nos dados disponíveis durante o evento. Ele vem sendo adaptado para diferentes trabalhos, desde emergências meteorológicas até eventos de saúde. No caso da saúde, ela funciona como um instrumento de elaboração de diagnósticos situacionais por meio das análises de condições de saúde de uma determinada população. Nesse sentido, a informação de saúde é o subsídio para o planejamento e para a gestão. É uma importante ferramenta na gestão, monitoramento e avaliação em saúde.
No contexto acadêmico, a Sala de Situação se apresenta como uma oportunidade de aproximar os estudantes, professores e colaboradores a participarem da construção de conhecimentos quanto a caracterização da população, identificação das suas necessidades em saúde e seus determinantes sociais propiciando uma aproximação do ensino-aprendizagem na prática. Além de apoiar no processo de formação de estudantes e profissionais, também orienta nas ações de planejamento, monitoramento e avaliação em saúde e decisões necessárias em diversos setores da saúde e tem, ainda, o objetivo de diminuir uma imensa lacuna de conhecimento que existe entre estudantes e profissionais do campo da saúde sobre o método e gestão da sala de situação e, por consequência, a realidade epidemiológica contínua, por meio de monitoramento e análises.
A partir dos dados coletados, monitorados e analisados, a Sala de Situação produz como resultados boletins, documentos técnicos, clipping, entre outros. Tudo isso para que seja possível a disseminação de informações relevantes sobre saúde para todo tipo de público. Entre as principais formas de disseminação de informações, destacam-se os Boletins Epidemiológicos, Boletins Entomológicos, Boletins de Monitoramento, Clipping de Notícias, Clipping de Rumores/Detecção e Relatórios.