Promovido pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde (DIAHV/MS), o primeiro HackHealth (Maratona de Prevenção Combinada) realizado no Brasil reuniu cerca de 40 pessoas das cinco regiões do país no último fim de semana em Brasília. O evento tem como objetivo fomentar o debate de novas abordagens e tecnologias para alcançar as juventudes e incentivar a criação de projetos inovadores no campo da prevenção combinada para diferentes públicos.
Em função da sua atuação no campo da pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico e do seu compromisso em gerar conhecimento e disseminar informações qualificadas acerca das políticas públicas de saúde no âmbito do SUS, o Núcleo de Estudos em Saúde Pública do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NESP/CEAM/UnB), foi convidado a participar da 1ª Maratona de Prevenção Combinada realizada no Brasil.
Representando o Núcleo, as pesquisadoras Andréia Simplício, Letícia Lima, Tamires Marinho, e o pesquisador Henrique Medeiros, participaram do evento que durou 36 horas e incluiu metodologias de criação e de informação que favoreceram a organização das ideias e a harmonização dos saberes dos participantes, culminando em projetos com foco nas abordagens sobre sexualidades, saúde sexual, direitos humanos, gerenciamento de risco e demais ações que integram as estratégias de prevenção combinada.
Os participantes eram jovens pertencentes das populações-chave e prioritárias para a resposta do HIV no Brasil, como pessoas vivendo com HIV/aids (PVHIV), pessoas trans, gays, entre outros. O pré-requisito para participar era ter o conhecimento prévio da nova abordagem adotada pelo Ministério da Saúde de enfrentamento da Aids, a chamada Prevenção Combinada; ou ter habilidades específicas na área de tecnologia, como programadores, desenvolvedores e designers.
“A identificação e seleção dos participantes foi embasada nos perfis de jovens que atuam localmente com estratégias de prevenção ou que desempenham projetos inovadores no campo da saúde, por meio de observatórios, núcleos de estudos e ligas acadêmicas”, explica a Diretora do DIAHV, Adele Benzaken. Ela afirma ainda que ação faz parte da estratégia do Departamento em se aproximar da população mais jovem. “A tecnologia é uma ferramenta e uma realidade na vida desses meninos e meninas. Além disso, os jovens atualmente têm sido um dos grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV, por esse motivo precisamos estar cada vez mais próximos”, complementou.
"Hackathon" O termo é a combinação das palavras inglesas hack (programar de forma excepcional) e marathon (maratona). As maratonas de hackathon vêm se tornando uma dinâmica de inovação aberta, cada vez mais utilizada por diversas instituições e aplicadas em diversas áreas do conhecimento como, por exemplo, a saúde.
O desafio proposto pelo HackHealth de Prevenção Combinada gerou diversos produtos como plataformas colaborativas por meio de hotsite, chatbot para conversas inteligentes e aplicativos móveis em formato aplicativo ou game.
Fonte: DIAHV (com adaptações)