Solenidade contou com representantes do Ministério da Saúde e especialistas na área
O Seminário “Como está a Saúde da População Negra de Diadema?” discutiu, nesta segunda-feira (13), os indicadores de saúde da cidade e como as políticas públicas podem ajudar a combater o racismo e avançar na diminuição das desigualdades - dois fatores que refletem diretamente na saúde física e emocional dessa população.
O evento, realizado no auditório do Quarteirão da Saúde, ainda celebrou o Dia Nacional de Combate e Denúncia Contra o Racismo. A população da cidade é composta por 54% de pardos e pretos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Durante a mesa de abertura, o secretário municipal de Saúde, José Antônio da Silva, lembrou as ações adotadas pelo município, como a aprovação do Plano Municipal Decenal da Igualdade Racial, o Estatuto Municipal de Promoção de Igualdade Racial e a Campanha Raça Cor, para coleta de informações da população nos serviços de saúde. “Estamos aqui reassumindo esse compromisso e vamos sair fortalecidos desse encontro”, afirmou.
O médico sanitarista Dácio Lira Rabelo apresentou os indicadores de saúde municipais. Entre os homens, as dez principais causas de morte são isquemia do coração, AVC (Acidente Vascular Cerebral), gripe e pneumonia, câncer digestivo, outras doenças do coração, não natural mal definida, doenças de fígado, câncer respiratório, outras doenças por bactéria e diabetes mellitus.
A violência também é um fator mais prevalente na população negra, aparecendo como 10ª causa entre pretos e pardos. Na população geral, é considerada 16ª causa e, quando há o recorte para a população branca, aparece em 23º lugar.
Matéria publicada no Diário do Grande ABC