Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 26% dos brasileiros sofrem de ansiedade no ambiente onde trabalham; discussões com especialistas ocorrem em mais três oportunidades: 17 e 24 de junho e 1º de julho
 O "Ciclo de Conferências: Relações de Trabalho e Saúde Mental", promovido pelo Instituto do Legislativo Paulista (ILP), teve inÃcio nesta segunda-feira (10). O primeiro encontro abordou a importância do cuidado com a saúde mental do trabalhador e a busca por relações mais saudáveis nesses ambientes.
Mencionando a Constituição Federal, o palestrante e juiz do Trabalho, Marcelo Azevedo, abordou o tópico do direito à integridade fÃsica e moral que, por vezes, é violado no ambiente de trabalho.
"O dano à saúde do ser humano, seja fÃsica ou mental, não pode ser justificado por uma finalidade, como o lucro de uma empresa. Isso viola a dignidade da pessoa e o valor social do trabalho, que são princÃpios fundamentais da Constituição", explicou Marcelo.
Ainda sobre a Constituição, o palestrante expôs que para todo direito existe uma obrigação, portanto, para o direito da integridade do trabalhador, existe o dever do empregador de manter o ambiente de trabalho saudável.
Ansiedade
A coordenadora do ciclo e juÃza de direito titular da 4ª Vara de Acidentes do Trabalho, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Heliana Hess, abriu o debate explicando a importância de tratar o tema, ressaltando os impactos no trabalhador. Ela ainda trouxe um número que chama a atenção: 26% dos brasileiros sofrem de ansiedade no ambiente de trabalho.
"Os transtornos mentais surgem de muitos fatores no ambiente de trabalho. Podem ser provocados pela sobrecarga, falta de motivação e muitos outros motivos, desencadeando quadros de ansiedade e burnout, por exemplo", disse Heliana, amparada por dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). "Por isso é tão importante debater o tema", reforçou a coordenadora.
Cartilha da Alesp
Neste âmbito, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo trabalha, por meio do ILP, para melhorar os ambientes de trabalho dentro e fora do Parlamento. "Desde a publicação de sua cartilha comportamental e da implantação do canal de denúncias a respeito de questões de assédio no ambiente de trabalho, a Alesp vem provando estar mais preocupada com a manutenção de ambientes saudáveis para os seus colaboradores. Um ciclo como esse promovido pelo ILP se integra perfeitamente a essas preocupações", afirmou Natacha Jones, diretora executiva do ILP.
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